Quinta, 27 de Março de 2025 13:57
Geral PM

Policia Militar da Bahia completa 200 anos

Hoje, a PMBA conta com 33.586 homens e mulheres

17/02/2025 18h03
Por: Redação - DBN Fonte: Redação

 

Há 200 anos, completados nesta segunda-feira, 17, a Polícia Militar da Bahia (PMBA) passou a existir como instituição indispensável para a vida na sociedade. Prevista no artigo 144 da Constituição, é uma instituição permanente, que garante a manutenção da ordem pública e o bom convívio social.

Hoje, a PMBA conta com 33.586 homens e mulheres e concretiza o bicentenário por meio de histórias que revelam o espírito de abnegação, superação e compromisso dos integrantes. E são essas histórias que construíram a instituição e constroem o futuro da organização para a sociedade.

“O serviço da PM é um serviço de sacerdócio, do qual temos nossa própria motivação para atuar em diversas situações de risco ou de necessidade de pensamento rápido, mas, principalmente, um serviço de humanidade”, defende a major Maíra Galindo, piloto de helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer). A própria posição que alcançou já demonstra uma evolução da corporação: a conquista feminina de postos ocupados majoritariamente por homens.

Há 32 anos na PMBA, o subtenente Florisvaldo Chagas, hoje lotado no Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), ingressou na PM em 1993 realizando um sonho da infância, inspirado por irmãos e tios que já faziam parte da instituição. “Tudo que tenho devo à PM e como a premissa do policial militar é servir e proteger a sociedade, eu procuro cumprir à risca essa responsabilidade”, conta o militar.

Chagas, que sempre exerceu função operacional, no policiamento de rua, em 2023, durante uma reunião de alinhamento em campo, foi atingido por um disparo acidental do colega que culminou na amputação da perna direita. Ele correu risco de morte, entrou em coma e passou por diversas cirurgias.

“Quando retomei a consciência, fiquei muito triste com a perda de um membro, mas o meu maior medo era deixar de poder exercer minha atividade”, destaca. “Recebi a visita de muitos amigos, colegas, familiares e do comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, num dia marcante para mim. Ele não só acreditou que eu daria a volta por cima como garantiu que eu voltaria ao quadro operacional. Esse momento foi combustível para minha superação.”

Chagas recebeu uma prótese hidráulica, está no serviço administrativo do BPTur, mas já realiza o serviço operacional turístico. Por meio do Departamento de Promoção Social (DPS) da PM, ele conta com uma equipe multidisciplinar que realiza um trabalho contínuo de reabilitação. Hoje, essa história de superação inspira gerações na PMBA.

“Quando entrei na polícia, não havia o aparato operacional que temos hoje de equipamentos e viaturas”, lembra. “Hoje, vivemos outra realidade. O que eu espero é que, futuramente, cheguem comandantes tão competentes como o atual. Quando eu for para a reserva, quero contar a meus filhos o sucesso dessa história dentro de uma instituição, da qual tenho muito orgulho em fazer parte.”

Bope

Para fazer parte do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), é preciso ser aprovado no Curso de Operações Policiais Especiais (Copes). Ao ver um grupo em treinamento, o cabo Ícaro Oliveira, ainda servindo ao Exército em 2004, teve a certeza do que queria.

“Em 2006, quando o concurso para a PM foi aberto, me preparei, passei e minha formação foi pelo Batalhão de Choque, que pertencia à Companhia de Operações Especiais (COE), hoje Bope”, unidade onde o militar permanece desde o início da carreira.

Entre muitas conquistas, ele se especializou em tiro policial de precisão, em mergulho, participou de intercâmbio de atiradores no Bope do Rio de Janeiro e representou a PMBA em 2019 no Desafio Caveiras do Brasil, onde galgou o 2° lugar entre todos os estados participantes.

“Acredito que evoluímos muito e seguimos no caminho para melhorar ainda mais, principalmente na qualificação da formação, desde a básica aos cursos mais complexos”, afirma.

 

 

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